Ministro do Interior Acusa Comandante-Geral da PRM por Assassinatos de Manifestantes
O ministro do Interior, Pascoal Ronda, fez duras acusações contra o comandante-geral da Polícia da República de Moçambique (PRM), Bernardino Rafael, responsabilizando-o diretamente pelas mortes de manifestantes em protestos recentes no país.
Em uma declaração contundente, Ronda afirmou que as ordens que levaram ao uso letal da força pela polícia não foram emitidas pelo Ministério do Interior. "Não conhecemos essas ordens dadas pelo comandante-geral.
Ele é o culpado por estas mortes causadas pela nossa polícia. Uma polícia não pode atirar contra o povo; a polícia tem o dever de protegê-lo, não de matá-lo", disse o ministro.
As declarações de Pascoal Ronda surgem em meio a uma onda de protestos marcados por confrontos violentos entre manifestantes e forças de segurança.
Segundo organizações de direitos humanos, o uso desproporcional da força pela polícia resultou em várias vítimas fatais e feridos.
Bernardino Rafael ainda não se pronunciou oficialmente sobre as acusações, mas a situação gerou uma crise institucional dentro do setor de segurança.
Observadores políticos alertam para o impacto desta divisão nas forças de segurança, que enfrentam pressões crescentes para conter os protestos de forma mais pacífica.
O incidente reacende o debate sobre a conduta da PRM e a necessidade de reformas profundas nas forças de segurança moçambicanas, especialmente no que diz respeito ao respeito pelos direitos humanos e pela liberdade de expressão. LEIA MAIS