Chapo Alinha-se a Promessas de Mondlane, Mas Evita Propostas de Mudanças Estruturais
A campanha de Daniel Chapo vem chamando atenção por aparentar adotar algumas das principais promessas do político Venâncio Mondlane. No entanto, há certos temas que Chapo não aborda em sua plataforma. Um dos exemplos mais notáveis é a revisão constitucional. Chapo nunca mencionou diretamente que os antigos presidentes Joaquim Chissano, Armando Guebuza e Filipe Nyusi detiveram um poder excessivo, nem propôs a redistribuição desse poder entre os órgãos de soberania como forma de fortalecer o sistema de "Check and Balance".
Chapo também se mantém distante de criticar abertamente a infraestrutura do Estado ou de sugerir que o Conselho Constitucional seja inconstitucional, algo que Mondlane defende, argumentando que a interferência do órgão sobre os tribunais judiciais vai contra a Constituição. Da mesma forma, o candidato evita discutir a ideia de conferir mais autonomia à Procuradoria-Geral da República (PGR), recusando-se a propor que o Presidente da República perca o poder exclusivo de nomear e exonerar o Procurador-Geral. Veja também: Revelou-se o porquê a TV Sucesso parou com a cobertura dos comícios de Venâncio Mondlane
Assim, enquanto a campanha aquece, muitos observam que uma "revolução" política não seria alcançada com o voto em Chapo, dada sua postura de não cruzar certas "linhas vermelhas... Continuar